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Presos Políticos IV


Dr. José Lobo d’Avila Lima

Dr. José Lobo d’Avila Lima - Lente Cathedratico da Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra, e um dos talentos mais brilhantes da geração moderna tendo conquistado aquelle seu alto logar, em de que foi demittido arbitrariamente pelo ministro Sousa Junior, em concurso por provas publicas. Escriptor de raro merecimento contando-se nos seus numerosos trabalhos, entre outros, os importantes estudos: Movimento Operario em Portugal, Politica Social e Politica Internacional. Em 21 de Outubro, sabendo-se perseguido, refugiou-se na legação brazileira, apresentando-se dias depois voluntariamente ás autoridades que o prenderam e conservaram durante 30 dias incommunicavel. Transferido para a cadeia do Porto d’onde sahiu por effeito do decreto de 21 de Fevereiro de 1914.

 

 

 

Dr. João Moreira d’Almeida

 

 

Dr. João Moreira d’Almeida - Bacharel formado em Direito e um dos alumnos mais distinctos do seu tempo na Universidade de Coimbra, tendo concluido a sua formatura aos 20 anos. Prezo com seu pae o eminente director do Dia a bordo d’um navio norueguez em Outubro de 1914. Esteve na cadeia do Porto, sendo restituido á liberdade pelo chamado decreto de amnistia.

 

 

 

 

 

José Antonio da Silva Carvalho

 José Antonio da Silva Carvalho - de Cucujães (Oliveira de Azemeis). Respeitabilissimo ancião de 77 annos de edade. Preso em Espinho a 4 de Outubro de 1911 como suposto chefe do complot d’aquella villa e emissario entre o mesmo e o do Porto. Esteve incomunicavel durante 10 dias, por duas vezes. Transferido da cadeia de Espinho para a de Aveiro e d’ahi para Lisboa dando entrada no Forte de Caxias onde permaneceu durante 88 dias sem culpa formada. No trajecto, e á sua chegada á capital, foi insultado pela populaça e pelos soldados que, não respeitando a sua situação de preso nem a sua provecta edade, o aggrediram brutalmente a socco, pontapé e coronhada. Posto em liberdade a 30 de Dezembro de 1911.

 

 

 

 Antonio Jeronymo

 

 

Antonio Jeronymo - Ex-soldado da guarda Municipal. Preso a 19 de Julho de 1912 por acusação de connivencia no complot de Evora. Esteve incomunicavel durante 8 dias, sendo julgado a 24 de Maio de 1913 no tribunal marcial que o condemnou a 20 mezes de prisão correccional e egual tempo de multa a 100 réis por dia. Restituido á liberdade pelo decreto de 21 de fevereiro de 1914.